quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sua cidade tem biblioteca pública municipal?

O governo federal irá zerar o número de municípios sem bibliotecas até julho. De acordo com o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, 661 municípios ainda não têm esses equipamentos.

Em Minas Gerais os municípios de: Dionísio, Dores do Turvo, Mathias Lobato, Oratórios e Wescelau Braz aguardam a instalação de suas unidades.

Se sua cidade não estiver nesta relação e não possuir biblioteca pública municipal, informe pelo e-mail: biblioteca@cultura.gov.br.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Vital Brazil Mineiro da Campanha

Vital Brazil nasceu na cidade de Campanha, Minas Gerais, em 28 de abril de 1865. Diplomou-se médico, em 1891, pela faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e logo dirigiu-se para São Paulo, que acreditava ser um estado preocupado com a saúde e higiene de sua população.

Desde 1893, como inspetor sanitário, percorreu o interior do estado, tomando conhecimento das precárias condições de saúde em que vivia a população. Afastou-se do serviço público, estabelecendo-se como clínico em Botucatu, quando, em contato com acidentes, iniciou as primeiras experiências com serpentes peçonhentas.

Em 1896, a convite de Adolfo Lutz, iniciou suas pesquisas no Instituto Bacteriológico. Em 1898 participou da identificação do surto epidêmico de peste bubônica em Santos, e passou a preparar o soro contra esta doença na Fazenda Butantan (local onde se originou a Instituto). Médico clínico no interior de São Paulo, percebeu a necessidade de combater os sintomas de envenenamento por animais peçonhentos. Nesta época, ocorriam quase 3.000 acidentes por ano no Estado de São Paulo.

A Fazenda dispunha de um laboratório improvisado, uma cocheira adaptada para enfermaria, um alpendre para sangria de cavalos imunizados e um pavilhão para acondicionamento e distribuição de soros. Nesse ambiente prosseguiram os seus estudos e primeiros trabalhos técnicos até 23 de fevereiro de 1901, quando o Presidente do Estado, Rodrigues Alves deu organização oficial ao Instituto Butantan, que recebeu inicialmente o nome de Instituto Serumtherápico. Neste mesmo ano foram entregues as primeiras partidas de soros antipestosos e antipeçonhentos.

Todo este pioneiro e importante trabalho cientifico foi reconhecido pela primeira vez na comunidade cientifica durante a 5º Congresso de Medicina e Cirurgia, no Rio de Janeiro. Vital Brazil demonstrou neste congresso que a única arma contra a envenenamento ofídico era o anti-veneno especifico (o soro obtido a partir do veneno do animal que causa o acidente neutraliza a ação desse veneno).

Muitos trabalhos científicos passaram a ser desenvolvidos por Vital Brazil e técnicos do Instituto Butantan. Estes estudos com animais peçonhentos levaram à publicação do livro "Defesa contra a Ofidismo", em 1911, reeditado mais tarde em francês.

O Instituto Butantan ganhava prestígio e importância nestes anos, e sua ampliação era emergente. Inaugurou-se então, em 1914, o chamado Prédio Central do Instituto, o primeiro a ser construído para instalar propriamente vários laboratórios. Hoje, o prédio abriga a Biblioteca, a Divisão Cultural do Instituto e os Laboratórios de Bioquímica e Farmacologia. Esta ampliação também atingiu a população, que precisava conhecer medidas de prevenção de acidentes peçonhentos, foi através de permuta com fornecedores de animais, com posterior troca de correspondência, que estas medidas começaram a ser divulgadas. Nos anos seguintes, o Butantan passou a estender as suas pesquisas sobre os problemas ligados à higiene e preparo de produtos para a defesa da saùde da população paulista e brasileira.

Estudou-se a difteria, tétano, gangrena, tifo, varíola (hoje erradicada), parasitoses, febre maculosa e lepra. Lemos Monteiro, destacado pesquisador desta fase do Instituto, e seu assistente, Edson Dias, foram infectados no laboratório quando preparavam a vacina contra a febre maculosa (tifo exantemático), vindo a falecer poucos dias depois.

Vital Brazil retirou-se da direção do Instituto em 1919, retornando em 1924. Neste ano, intensificou os trabalhos, no campo da Microbiologia, Imunologia, criou novos laboratórios e estabeleceu um intenso programa de informação ao público, organizando cursos de higiene para professores e exposição de painéis informativos. Desenvolveu novos estudos, e produziu, em alta escala, vacinas para a produção da febre tifóide, que atingiu São Paulo nesta época.

Os laboratórios de produção têm hoje uma capacidade instalada para a produzir 180 milhões de doses/ano de vacinas e 800 mil ampolas/ano de soros. O Butantan hoje desenvolve projetos para novos laboratórios de produção de soros e vacinas e outras substâncias para a saúde pública (eritropoetina, surfactante pulmonar, hemoderivados), modernizacâo de instalações, pesquisas biomédicas em novas áreas e ampliação das atividades de ensino e divulgação. Crescendo sempre em função das necessidades da população, o Butantan fornece atualmente cerca de 75% de todas as vacinas e 80% dos soros utilizadas no Brasil. O Hospital Vital Brazil, para atender vítimas de envenenamento por animais peçonhentos, começou a funcionar em 1945. Em 1948, como parte de uma homenagem a Vital Brazil, um novo prédio para laboratórios de pesquisa foi inaugurado no Instituto, dando inicio a mais uma fase de ampliação. Foram também construídos o heliporto, biotérios (onde são criados e mantidos animais para experimentos cientificos) e outros laboratórios.

Vital Brazil Mineiro da Campanha morreu em 8 de maio de 1950. Responsável por um trabalho pioneiro em medicina experimental, ajudou a construir o enorme patrimônio que o Instituto Butantan hoje representa para a Ciência do Brasil e do Mundo.

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, no ano de 2007, aprovou o Projeto de Lei 1604/03, do deputado Elimar Máximo Damasceno [Prona-SP], que inclui o cientista Vital Brazil no Livro dos Heróis da Pátria. Outras informações sobre o Cientista Campanhense em:

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Formação de Mediadores de Leitura

Declaração do Seminário Nacional

Nós, participantes do Seminário Nacional “Formação de Mediadores de Leitura”, realizado em São Paulo (capital) nos dias 12 e 13 de março de 2009, solidariamente tecemos idéias, experiências e esforços – entre si e com o MEC-MINC – no sentido de cooperar com o desenvolvimento de iniciativas que, uma vez incorporadas ao PNLL, produzam transformações, para melhor, junto aos agentes envolvidos com a dinamização da cultura letrada, do livro e da leitura em nosso país.

ENTENDEMOS
· o LIVRO não apenas como um objeto ou artefato de leitura para diferentes propósitos, mas como um ente central no universo da cultura e, por isso mesmo, imprescindível ao exercício da cidadania;

· a LEITURA não apenas como um instrumento ou ferramenta, mas como uma experiência construída pelo sujeito na convivência e nas contínuas interações com o livro e outros suportes da escrita;

· o MEDIADOR ou AGENTE DE LEITURA como aquele indivíduo (profissional ou não) capaz de, pelo testemunho de vida e com conhecimento de causa, planejar situações motivadoras e organizar favoravelmente as circunstâncias do meio cultural para que as pessoas possam adentrar o universo dos livros, da leitura e da literatura e dele objetivamente participar;

· uma POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE MEDIADORES DE LEITURA, que tenha como epicentro o livro e leve em conta os indicadores de leitura do atual contexto brasileiro (com profundas contradições e injustiças no que se refere ao acesso aos bens e serviços culturais), como aquela de natureza interministerial máxima, que foque os múltiplos ambientes sociais (família, escola, biblioteca, hospital, presídio, praça, meio rural, etc), e como aquela que seja contínua no tempo, sempre-presente no passar dos governos, para que possa ser avaliada e incrementada em termos dos seus efeitos junto aos vários segmentos da população.

PROPOMOS QUE
§ as estratégias, experiências e metodologias nacionais já consagradas na esfera da formação de professores, orientadores, mediadores e/ou agentes de leitura sejam identificadas, apoiadas e mais pausadamente analisadas pelo PNLL no sentido de produzir uma síntese propositiva que embase as ações governamentais, principalmente aquela em direção à formação básica e continuada dos responsáveis pela inserção dinâmica e duradoura de outros sujeitos no universo da cultura escrita;

§ nos paradigmas de formação de mediadores de leitura fique explicitamente assentado e proporcionalmente garantido um tempo para que os indivíduos, além de estudar estratégias metodológicas de leitura, possam “ler de verdade” e ter a oportunidade de associar as suas leituras a outros processos culturais;

§ a formação de professores-mediadores para atuar na educação escolarizada seja realizada no horizonte de uma cultura didática mais arejada, prazerosa e envolvente, tendo a literatura como carro-chefe e garantidas as condições para a sua usufruição enquanto linguagem e arte;

§ a literatura infantil, enquanto artesanato de linguagem e instigadora da fantasia, ganhe estatuto e reconhecimento equivalentes ao da literatura adulta; por isso mesmo, a literatura infantil e os autores que a ela se dedicam sejam valorizados em todos os contextos sócio-culturais;

§ exista, daqui para a frente, um equilíbrio objetivo – e proporcional - nos investimentos entre os programas de aquisição e distribuição de livros e os programas de formação de mediadores e de instalação, manutenção e/ou incremento de estruturas de apoio para a promoção da leitura. Sem mediação segura, sem agentes bem formados e sem estruturas adequadas, entre as quais a da biblioteca, os livros se perdem e a leitura se pulveriza, a exemplo do que mostram os indicadores sobre o desempenho em leitura e escrita dos estudantes brasileiros e da população em geral;

§ a leitura de materiais escritos, principalmente a de livros de literatura, seja sempre entendida como uma experiência imprescindível e insubstituível na vida e no trabalho dos mediadores de leitura, principalmente os professores e os bibliotecários. Por isso mesmo, deve-se garantir não apenas condições condignas para a aquisição de livros e a freqüentação a eventos culturais a esses profissionais, como também garantir espaço para que a leitura lhes seja possível durante os seus horários de trabalho, como atividade remunerada e de atualização profissional;

§ o PROLER e todos os programas do MAIS CULTURA –MINC recebam o devido investimento e recursos de apoio para que possam atingir os resultados esperados na direção da conquista de uma sociedade democrática e leitora, associando a atual política do livro a uma política conseqüente de leitura e de usufruição da literatura;

§ o MEC, através de suas agências de apoio, incentive linhas de pesquisas para a investigação na área da leitura e divulgação dos seus resultados de modo que as decisões políticas possam ser fundamentadas em orientações de base científica;

§ as facilidades da Internet sejam devidamente incorporadas às estratégias de incentivo à leitura e escrita, principalmente no que se refere ao trabalho dos mediadores, à amplificação de textos literários e à formação de comunidades de leitores;

§ o PNLL, através de instrumento jurídico específico, continue a existir e a atuar no tempo, independentemente dos governos eleitos, de modo que ganhe a sua legitimidade e a sua institucionalização como o organismo responsável pela política nacional do livro, da leitura e da literatura no território brasileiro.

São Paulo, 13 de março de 2009.

Ezequiel Theodoro da Silva - Relator
ALB – Associação de Leitura do Brasil

Cruzeiro põe o Atlético-MG na roda, goleia sem dó e coloca a mão na taça

Supremacia, hegemonia, freguesia... chame do que quiser. O fato é que o Cruzeiro não perde para o Atlético-MG há 11 jogos. Neste domingo (26/04), no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, o time de Adilson Batista venceu por 5 a 0 e conseguiu inverter a vantagem para a partida decisiva, no domingo que vem. Com o resultado, a Raposa pode até perder por quatro gols de diferença que fica com o título. Ao Galo, resta devolver o saldo do primeiro embate.

Foi o jogo de número 1.500 do Cruzeiro no Mineirão. O time não perde no estádio da capital mineira há 21 partidas. No próximo domingo, às 16h (de Brasília), os rivais voltam a medir forças. Só um vai sorrir. Antes, porém, o Atlético vai a Salvador para enfrentar o Vitória, quarta-feira, no primeiro jogo das oitavas-de-final da Copa do Brasil.

Veja a tabela do Campeonato Mineiro

Washington Alves/GLOBOESPORTE.COM
Tardelli é cercado pela marcação celeste

Os primeiros cinco minutos da decisão mineira foram de muita velocidade. Com o meia Lopes improvisado no ataque alvinegro, Diego Tardelli ficou com a missão de se deslocar pelas pontas. Papel muito parecido com o de Thiago Ribeiro do outro lado. A pedido do técnico Adilson Batista, ele se dividiu pelos flancos do campo para tentar surpreender. Aos nove, o primeiro lance de perigo do Cruzeiro. Wagner cobrou falta do lado esquerdo do ataque, o zagueiro Leonardo Silva subiu bem para cabecear, mas Juninho defendeu com segurança.

Aos 11, a dupla de ataque celeste trabalhou bem. Thiago Ribeiro achou Kléber livre de marcação na área, o Gladiador bateu firme, e Juninho fez uma defesa estranha, que originou um escanteio. Aos 14, Tardelli recebeu de Júnior na ponta direita, tocou de primeira para Carlos Alberto na área, mas o volante chutou mal. O rebote de uma cobrança de falta quase resultou em gol para o Cruzeiro, três minutos depois. Após a cobrança de Fabrício parar na barreira, Wagner achou Leonardo Silva na área. O zagueiro bateu cruzado, Juninho defendeu, e Leandro Almeida afastou o perigo. A arbitragem marcava impedimento dos cruzeirenses que esperavam a sobra.

A resposta atleticana foi dada aos 24 minutos. O lateral-esquerdo Júnior bateu cruzado e rasteiro da entrada da área, a bola passou por todo mundo e quase surpreendeu Fábio. A partir deste lance, o jogo ficou concentrado no meio-campo, e os dois times abusaram dos erros de passe. Aos 33, o Galo não conseguiu aproveitar um ótimo contra-ataque e quase sofreu o primeiro gol. Ramires ficou de frente para a meta, mas bateu fraquinho no canto esquerdo de Juninho. O goleiro atleticano não teve trabalho para defender.

Cinco minutos mais tarde, após cobrança de falta para área do adversário, Leandro Almeida subiu muito, mas a cabeçada desviou na zaga e foi pela linha de fundo. Na saída rápida do Cruzeiro, aos 39, um duro golpe para o Galo. Wagner recebeu na área, rolou de calcanhar para Kléber, e o Gladiador não desperdiçou. De pé esquerdo, chute colocado, e placar aberto no Mineirão: 1 a 0. O 12º dele no Estadual. Na comemoração, o atacane imitou uma galinha e fez um gesto de choro na frente da torcida atleticana. O árbitro Paulo César de Oliveira puniu o jogador com cartão amarelo. Em um primeiro tempo onde a forte marcação prevaleceu, Kléber conseguiu se dar melhor no duelo com Tardelli. O Cruzeiro buscou mais o gol.

Quem está perdendo?
Washington Alves/GLOBOESPORTE.COM

Vibração no Cruzeiro pela goleada
Os dois times voltaram do intervalo com mudanças no ataque. Leão tirou Márcio Araújo e colocou Kléber. Na Raposa, Adilson sacou Thiago Ribeiro e lançou Soares.

Apesar da vantagem no placar, o time celeste foi com tudo para o ataque. Aos seis, Juninho evitou o segundo gol do Cruzeiro. Após cobrança de escanteio, Léo Fortunato subiu muito, cabeceou no cantinho, mas o camisa 1 fez gande defesa. Depois desta, foram mais quatro chances de gol. A persistência valeu a pena. Aos dez, Wagner cobrou escanteio, Juninho saiu mal do gol, e Leonardo Silva fez o segundo: 2 a 0.

Seis minutos depois, mais um gol em jogada de bola parada. Wagner cobrou escanteio, Leonardo Silva, em tarde inspirada, subiu muito para fazer o terceiro do Cruzeiro. Nas arquibancadas, os cruzeirenses gritavam 'é campeão!' e 'olé', enquanto muitos atleticanos deixavam o Mineirão.

Aos 18, a situação do Galo ficou ainda pior. Renan fez falta dura sobre Ramires, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Um homem a menos para tentar diminuir o desastre.

Os gols deixaram o Atlético na lona e sem forças para reagir. O Cruzeiro ainda criou boas chances. A melhor delas surgiu de uma triangulação entre Ramires, Soares e Jonathan. O lateral-direito ficou na cara do gol e fez o quarto. Virou goleada. Título pertinho da Toca da Raposa.

Aos 38, Ramires sofreu falta de Leandro Almeida e revidou. O jogador do Galo recebeu o segundo amarelo e foi para a rua. O volante foi expulso direto. Dois minutos depois, o Galo quase fez o de honra. Kléber recebeu na área, bateu firme, mas Fábio defendeu. No lance seguinte, Jonathan ficou livre na área para fazer o quinto. Um baile celeste!

Ficha técnica:
CRUZEIRO 5 x 0 ATLÉTICO

Fábio; Jonathan, Léo Fortunato, Leonardo Silva e Gérson Magrão; Fabrício (Henrique), Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner; Kléber (Wellington Paulista) e Thiago Ribeiro (Soares).
Técnico: Adilson Batista

Juninho; Werley (Marcos Rocha), Marcos, Leandro Almeida e Júnior; Renan, Carlos Alberto, Márcio Araújo (Kléber) e Rafael Miranda; Lopes (Chiquinho) e Diego Tardelli.
Técnico: Emerson Leão

Gols: Kléber, aos 39 do primeiro tempo. Leonardo Silva, aos dez e aos 16, Jonathan, aos 33 e aos 41 do segundo tempo.

Cartões amarelos: Gerson Magrão, Leonardo Silva, Kléber e Wellington Paulista (Cruzeiro); Werley, Renan e Leandro Almeida (Atlético-MG) Cartão vermelho: Ramires (Cruzeiro); Renan e Leandro Almeida (Atlético-MG).

Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 26/04/2009. Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa/SP). Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/SP) e Maria Eliza Barbosa (Fifa/SP).

sexta-feira, 24 de abril de 2009

9ª Feira do Livro será dedicada a Thomaz de Aquino Araújo e Euclides da Cunha

Agendada para o período de 4 a 7 de junho, a 9ª Feira do Livro, será dedicada ao historiador, desenhista, escritor e jornalista Thomaz de Aquino Araújo e Ano Nacional Euclides da Cunha.

Organizada anualmente pela ONG Sebo Cultural, a 9ª Feira do Livro, terá exposição e vendas de livros a partir de R$ 1,00 e ainda, uma série de eventos paralelos como: 3º Concurso de Poesia Gioconda Labecca, 2ª Mostra Campanhense de Vídeo, Concurso Fotografe a 9ª Feira do Livro, Torneio de Xadrez, Noite de Autógrafos, Distribuição de Vale-livros, Gincanas Culturais, Apresentação Teatral, Vinil, Apresentação Fotográfica, Brinquedoteca e visitas aos Museus e Bibliotecas da cidade.

Ano Nacional Euclides da Cunha será lembrado na 9ª Feira do Livro

Em 1894, Euclides da Cunha, o autor de "OS SERTÕES" chegou em Campanha/MG, por determinação do Marechal Floriano Peixoto, então na Presidência da República. Veio para dirigir, como engenheiro militar, as obras de adaptação no prédio da Santa Casa da Misericórdia local para abrigar o recém criado oitavo batalhão de Cavalaria.

Aqui recebeu expressivas homenagens e conviveu com homens de grande inteligência e cultura da cidade, como o Dr. João Luiz Alves, Promotor de Justiça, depois Juiz, Secretário de Estado, Deputado, Senador, Ministro da Justiça, Membro da Academia Brasileira de Letras e Comentarista do Código Civil Brasileiro: Dr. Leonel de Rezende Filho, Jurista, Parlamentar e Ministro do Tribunal de Contas da União; Dr. Francisco Honório Ferreira Brandão, Médico, Professor, Parlamentar e Jornalista de renome; Júlio Bueno, Professor, Jornalista e Historiador conceituado e tantos outros.

Esta convivência foi benéfica a Euclides da Cunha, que aqui atuou como engenheiro e jornalista, iniciando em Campanha, sua vocação para as letras.

Em Campanha, nasceu o seu segundo filho, Euclides da Cunha (Cridinho).

O quarto do grande escritor ficava diante das catas (escavações extintas de ouro). Observando todos os dias este cenário, Euclides da Cunha compôs o poema "As Catas", publicado no jornal Monitor Sul Mineiro.

Euclides da Cunha ficou em Campanha até 1895 e participou de vários acontecimentos de relevo, como a chegada da primeira locomotiva. Em Campanha começou a escrever "A TERRA", o primeiro capítulo de sua maior obra literária "OS SERTÕES". A cidade prestou-lhe singular homenagem, dando, na época, seu nome a uma praça central da cidade.

Eventos:
Na programação, o evento contará com a apresentação fotográfica: "A cidade e o tempo: Campanha e Euclides" de autoria do Prof. Almir Ferreira Lopes e ainda a apresentação teatral "Palavras Euclidianas" com a Companhia do Abraço - Projeto de Extensão, das Faculdades Integradas Paiva de Vilhena.

Tomaz de Aquino Araújo - Historiador, desenhista, escritor e jornalista

Thomaz de Aquino Araújo nasceu em Campanha, aos 10 de julho de 1899. Era filho de Francisco Raphael de Araújo e Olympia Cândida da Fonseca. Casou-se com Ana Lemes de Araújo, filha de Jeremias da Silva Lemes e Maria Gabriela das Dores Lemes, fazendeiros em Palmital no município de Cambuquira – MG.

Suas filhas: Maria Thereza Lemes de Araújo, casada com Oswaldo Costa; Dulce Lemes de Araújo, casada com Antônio Teixeira de Queiróz; Nísia Lemes de Araújo, falecida na juventude. Neta: Yvelise de Araújo Queiróz e Crepaldi, casada com Paulo César Crepaldi. Bisnetas: Thamires de Araújo Queiróz e Crepaldi e Geovanna de Araújo Queiróz e Crepaldi .

Dedicou-se aos estudos e publicações sobre a História da Campanha, desenvolveu farto trabalho de pesquisa no Arquivo Público de Minas Gerais, onde passava as manhãs levantando laboriosas compilações, notadamente sobre a atuação dos bandeirantes na região sul mineira e dos vultos da Inconfidência Mineira, temas de inesgotável fonte e que eram sempre de sua preferência para estudar.

O pendor para o jornalismo e desenho estava evidente no jovem Thomaz de Aquino, qualidade que lhe deu oportunidade para se unir aos companheiros José Borges Netto, Eduardo Moraes e Luiz Veríssimo Paes, nas lides literárias, como o fez na atuação no revista "Alvorada", cuja parte artística estava sob sua responsabilidade.

Em 1970, Tomaz de Aquino publica o 1º fascículo da obra "Recordando... Figuras e Fatos", opúsculo destinado a realçar e divulgar a vida do ilustre sacerdote Pedro Macário de Almeida, nomeado em 2 de fevereiro de 1910, Cura da Catedral.

Esse trabalho foi oferecido aos sócios do Instituto Histórico e Geográfico da Campanha, de cuja companhia participou com muita honra o autor, membro ativo daquela Casa de Cultura, com inúmeros trabalhos inéditos apresentados.

Em 1973, produziu em parceria com o então diretor Regional dos Correios e Telégrafos, Carmegildo Filgueiras, a obra "Os Correios na História da Campanha", subsídios dos mais valiosos para a história local.

Dos vários jornais editados em Campanha, foi sem dúvida, a "Voz Diocesana" que atravessou período mais longo, sem interrupção: 33 anos.

Diariamente lia jornais, por muitos anos assinou o "Correio da Manhã", depois adaptou-se à "Folha de São Paulo", costumava recortar e classificar artigos de seu interesse.

Contando com boa saúde física e mental, era portador de privilegiada memória, estava programando escrever a história da Campanha para crianças.

Serviço:
A 9ª Feira do Livro acontecerá no Ginásio Pronoama, Campanha/MG, de 14 às 22 horas, com entrada franca, nos dias 4 a 7 de junho de 2009.

Mais informações; (35) 9907-9457 (José Reinaldo)

E-mail: ongsebocultural@gmail.com - http://sebocultural.blogspot.com/

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Verônica Ferriani nos teatros do SESC Ipiranga e CCBB Brasília

Convido você para 2 shows com a cantora Verônica Ferriani nos próximos dias:

*Lançamento do CD Verônica Ferriani no teatro do SESC IPIRANGA, em São Paulo, dia 30 de abril, quinta-feira, às 21hs;

*Projeto "Alô... Alô? 100 anos de Carmen Miranda", no CCBB - BRASÍLIA, dias 8, 9 e 10 de maio. O projeto, que tem também apresentações Eduardo Dussek, Roberta Sá, Pedro Luís e Rita Ribeiro, segue ainda em maio para o Rio e em junho para São Paulo. Participações especiais de Rui Castro e Sérgio Cabral.

Aproveito para registrar alguns trechos publicados na imprensa sobre o CD Verônica Ferriani:

"Em princípio, é bom que se reconheça, ela é uma cantora que tem voz... segundo, e não menos importante, ela é criteriosa na escolha de canções e músicos... Essas experiências reverberam no revelador álbum de estreia da cantora..." "...seja em andamento acelerado ou mais lento, o disco prima pelos arranjos bem suingados..." - Lauro Lisboa Garcia (O Estado de São Paulo - fev/09)

"Foi no Bar Frida Khalo, no Recife, que ouvi a Verônica Ferriani cantando pela primeira vez. A recomendação era a melhor possível, ela estava cantando com os músicos da fabulosa Spok Frevo Orquestra, com o próprio Spok tocando sax. Adorei." "...o forte da Verônica é o samba e arredores, mas sua voz bonita, segura e bem colocada também fica à vontade em praias românticas" - Nélson Motta (Sintonia Fina - fev/09)

"Cantoras que resgatam clássicos do samba existem às pencas. Poucas o fazem com o talento da paulista Verônica Ferriani... Em seu CD de estreia, ela evitou o vocal empostado e a interpretação reverente, defeitos das novas sambistas. Verônica canta com naturalidade e graça." - Sérgio Martins (Revista Veja - mar/09)

"Ferriani iniciou a carreira há 5 anos ao lado do músico e compositor Chico saraiva, cantou samba funkeado na Bandalheira, participou em 2007 do programa "Som Brasil", da TV Globo, integra o grupo Gafieira São Paulo e tem cativado gente famosa de samba como Beth Carvalho. Uma trajetória variada como ela queria que seu primeiro disco mostrasse." - Luís Fernando Vianna (Folha de São Paulo (fev/09)

"Uma boa cantora não se revela apenas pelos recursos vocais, mas também pela escolha do repertório. Em seu primeiro CD, a cantora paulista Verônica Ferriani soma as duas qualidades, e para ficar tudo perfeito, deixou o disco nas mãos de um produtor afinado com o seu estilo, BiD." - Ivan Cláudio (Revista Isto é - mar/09)

"Cercada por músicos paulistanos capitaneados pelo experiente produtor BiD, a paulista de Ribeirão Preto Verônica Ferriani esbanja carisma. Sua voz é carinhosa e cada sílaba lhe sai da garganta impregnada de delicadeza... Amparada por um repertório que está longe de ser banal, sua capacidade de cantar é posta à prova e se sai muito bem. Têm charme todas as notas que ela canta. Tudo o que escolheu para fazer é feito de um jeito particular, pleno de personalidade." - Aquiles Rique Reis, integrante do MPB4 (Diário do Comércio - mar/09)

"No disco, Verônica e BiD tiveram tempo para burilar um repertório que não cai em lugar-comum. Além disso, conseguiram afinar gostos e semelhanças de cada som." - Marco Bezzi (Jornal da Tarde - fev/09)

"Dentre os novos nomes, a história de Verônica Ferriani é digna de nota. Formada em arquitetura, ela começou cantando jazz e depois descobriu o samba de raiz. Issa fica evidente em seu disco de estreia, que leva apenas seu nome..." - Paulo Cavalcanti (Revista Rolling Stone - abr/09)

"A boa cantora paulista Verônica Ferriani estreia em disco independente que leva seu nome, com produção de BiD. Curioso é que o destaque do repertório são as releituras de canções como "Um Sorriso nos Lábios" de Gonzaguinha, "Eu amo você" de Cassiano e o belo samba "Perder e Ganhar" de Paulinho da Viola." - João Pimentel (O Globo - fev/09)

"Em poucos meses, o CD de estreia da cantora já vendeu mais de quatro mil cópias e Verônica já providenciou a prensagem de mais quatro mil para atender os fãs. Para um disco independente, os números surpreendem." - Marina Rossini (Jornal A Cidade - fev/09)

"A música, que se explica a si mesma, ganhava como aliadas as inteligências múltiplas da artista: estavam ali a corporal-cinestésica, no gingado do corpo, a verbal-linguística, na expressão das palavras, a emocional, no equilíbrio das notas, e, principalmente, a espacial, enraizada em sua formação em arquitetura, que lhe contava a estrutura do palco e da plateia."..."O resultado disso? Um público que oscilava a cabeça e batia palmas ao som de sua música. As inteligências de Verônica fomentaram, ali, a alegria daquelas pessoas." - José Aparecido da Silva e Rosemary Conceição dos Santos (Gazeta de Ribeirão - dez/08)

"Ela tem luz própria, vai brilhar... Verônica Ferriani não precisará correr atrás do "sucesso", ele já está incorporado à sua competência e simplicidade, além de uma contagiante voz, presença e força de atriz no palco." - Sérgio Nalini (Tribuna - mar/09)

"Cantora de notáveis recursos, Verônica Ferriani surpreendeu o público que acompanhava de perto a sua atuação...: a opção de não gravar um disco voltado exclusivamente para o samba - como recomendou a admiradora Beth Carvalho - pode ser compreendida como um sinal de personalidade." ..."O CD foi pensado para trazer um clima de show "ao vivo", mesmo em estúdio: Verônica gravou simultaneamente com os instrumentistas. Pode parecer apenas um detalhe, mas o fato de todos os envolvidos tocarem juntos fez grande diferença no resultado final do trabalho. É perceptível a emoção do momento, a sintonia dos músicos com a intérprete, o ar de reunião informal que acaba virando um jam session na sala de casa." - Bruno Ribeiro (Correio Popular Campinas - mar/09)

"O Brasil leva a fama de ser o país das cantoras - isso não é nenhum segredo. Vozes novas surgem todos os anos, lançam um disco e desaparecem para sempre. Fica difícil saber, entre as novidades, quem veio para ficar e precisa ser ouvida. Para facilitar, elegemos três. Pode apostar: além de lindas e afinadas, elas têm muita coisa para dizer. E dizem." ... "Paulista de Ribeirão Preto, Verônica Ferriani até chegou a se formar em arquitetura e urbanismo, mas a música falou mais alto... O trabalho aposta em várias vertentes da música brasileira." (Revista Poder - mar/09)

Um abraço Flávia
Para mais informações, acesse: www.veronicaferriani.com.br/ e www.myspace.com//veronicaferriani

Ouça QUINA o novo trabalho de Luiz Mello e Thiago Nani

A música vai se desenhando, musa única inspiradora, arte expressiva capaz de trazer à tona os encontros inevitáveis. Aqui música ganha palavra, respiração recebe tons. Quina, vem da observação, da nescessidade de entoar todas as cores, todos os sentidos. Sede de viver tudo.

Idealizado a partir do encontro dos músicos Luiz Mello e Thiago Nani o QUINA é uma proposta que traz como fortes marcas a pluralidade de sons, estilos e influências, e a liberdade para ser e fazer tudo aquilo que a música mandar. Como compositores, sempre “conduzindo forças”, o único objetivo e compromisso é fazer a melhor música que podemos.

Thiago Nani, vindo de família musical, começou os estudos de maneira informal aos 15 anos com o violão e anos mais tarde com a guitarra. Aos 19 anos iniciou estudos mais formais com Auder Jr e depois com Fábio Adour na Escola de Música da UFMG, em que é Licenciado. Em conjunto com Luiz Mello (compositor, baixista e arranjador) idealizaram o projeto autoral QUINA.

Luiz Mello é mineiro de Campanha – MG , cidade histórica do Sul de Minas Gerais, palco dos primeiros encontros.

Luiz Mello (Lula) - Baixo Elétrico em todas as faixas - Guitarras base e solo em Vento no Cabelo - Voz em Carnaval - Sample Bateria em Vento no Cabelo/ Thiago Nani - Guitarras base e solo em Carnaval, Folia e Luzir - Violão base e solo em Luzir - Violão em Vento no Cabelo - Voz em Carnaval, Folia e Luzir / Participação: Matheus Bahiense - Bateria em Carnaval, Folia e Luzir / Arildo Nani - Percussão em Carnaval, Folia, Luzir e Vento no Cabelo/ Eazy CDA - Produção, Gravação e Programações. Gravado no estúdio Xeque - Mate em 2008 *todos os arranjos foram feitos por Luiz Mello (Lula) e Thiago Nani.

www.myspace.com/quinabr

Lula, meu caro: "Vamos fazer um negócio juntos, vamos sugerir livros".

Fonte: http://affonsoromano.com.br/blog/

Esse Hugo Chávez, tem sua graça. Volta e meia faz aquelas fanfarronices, adora um holofote.
Por que no te callas?-disse-lhe o rei da Espanha.

Mas, como dizem os lusos, Chávez " tem piada", tem seu charme. E agora ele fez algo que merece louvor. Na reunião dos chefes de estado da Américas deu um livro de presente para Obama.

Todo mundo queria saber que livro era esse. Pronto. O livro- "Veias abertas da América Latina" de Eduardo Galeano estourou nas paradas. Era o 73 mais vendido, passou a ser o segundo, a edição espanhola foi às nuvens.

Esse Chávez entende de marketing. Propos a Obama: " Vamos fazer um negócio juntos, vamos sugerir livros".

Chávez está certíssimo.Se os presidentes e os ministros andassem com mais livros nas mãos e sugerissem leituras, o país seria outro. Isto daria mais efeito que muita publicidade e leis de incentivo.

Chávez, diga-se de passagem, tem lá seus histrionismos. Mas sabe que o livro é um objeto indispensável. Quando se comemorava o 4 centenário de Cervantes/ Quixote, mandou editar um milhão de exemplares do livro para distribuição gratuita. De outra feita, bastou citar um livro de Noam Chomsky- "Dominar o mundo ou salvar o palena:América em busca da hegemonia mundial"- e o livro virou best-seller.

Lula, meu caro: "Vamos fazer um negócio juntos, vamos sugerir livros".

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Euclides da Cunha é lembrado na 2ª Semana Acadêmica

Acontece de 22 a 24 de abril, em Campanha/MG, a 2ª Semana Acadêmica. O evento é anual, promovido pelas Faculdades Integradas Paiva de Vilhena e contempla os alunos dos cursos de Licenciatura em Filosofia, História e Pedagogia.

Confira a programação:

QUARTA-FEIRA (22-04) 19:00

Abertura do evento 19:30 - Apresentação fotográfica: "A cidade e o tempo: Campanha e Euclides" - Prof. Almir Ferreira Lopes
20:50 - Intervalo
21:00 - Palestra de Antenor Júnior: "Euclydes e a Campanha de Canudos"

QUINTA-FEIRA (23-04) 19:00

Exibição do filme: "A Paz é Dourada" de Noiton Nunes
20:30 - Sessão comentada com o cineasta Noilton Nunes
21:00 - Intervalo
21:15 - Palestra: "Projeto 100 anos sem Euclides" - Profª Anabelle Loivos (UFRJ)

SEXTA-FEIRA (24-04) 19:00

Lançamento do Concurso de Redação: "Campanha 100 Euclides"
19:00 - "Palavras Euclidianas" - apresentação teatral: Companhia do Abraço (Projeto de Extensão)
20:30 - Intervalo
21:00 - Conferência de encerramento. "Grandes(e pequenos) Sertões das Minas" - Prof. Ângelo Alves Carrara (UFJF)
Pré Eventos: Lançamento da "Cartilha de Canudos" e Exposição Foto gráfica "Os Sertões":Bello Monte Renascida, de Antenor Júnior. A exposição ocorrerá durante os dias da 2ª Semana Acadêmica.

Telefone: 35 - 3261-2020 - http://www.paivadevilhena.edu.br/

quinta-feira, 16 de abril de 2009

XI Encontro Nacional da Família Arantes

Prezado Arantes e Familiares,

É com grande satisfação que estamos encaminhando o convite do “XI Encontro Nacional da Família Arantes”, que será realizado nos dias 17,18 e 19 de julho de 2009, no município de São Sebastião do Paraíso-Minas Gerais.

Como sabemos, somente através da família é que nos tornamos quem somos hoje. Portanto, a presença de cada membro é essencial para darmos continuidade à história dos Arantes, reforçando nossos laços culturais, nossas tradições, nossas memórias, as lembranças de nossos antepassados, e mantermos aceso o intercâmbio entre nossos familiares, enfim, continuarmos fazendo com que o relacionamento festivo, alegre e cordial que tem marcado todos os nossos encontros, faça parte de nossa família, e seja sempre constante em nossas vidas.

Aproveitamos a oportunidade para os interessados em Genealogia ou História, que visitem o site www.genealogiahistoria.com.br produzido pelo nosso amigo Anibal Almeida.
Contamos com a presença de todos vocês!

Um grande abraço,

Coordenadores e Família.
www.familia.arantes.nom.br

Deputado Antônio Carlos Arantes
Rua Rodrigues Caldas, 30 – gabinete 236 – 2º andar – Santo Agostinho
CEP: 30.190-921 - Belo Horizonte – MG
Fone: (31) 2108-5818 / Fax: (31) 2108-5815
Visite o nosso site: www.antoniocarlosarantes.com.br
email-1: dep.antonio.carlos.arantes@almg.gov.br
email-2: dep.acarantes@almg.gov.br

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Evento marca lançamento de livro

O livro “A Inconfidência de Antônio Francisco Lisboa: um livro de coincidências” do escritor campanhense Rogério Araújo será lançado na Campanha, sábado, 18 de abril.

Promovido pela Prefeitura Municipal da Campanha, através do Departamento Municipal de Cultura o evento, que conta também com parceria da Folha Campanhense, será no Centro Comunitário Santo Antônio, Rua Ferraz da Luz, 171, às 20 horas.

A publicação faz uma intrigante associação entre os profetas de Congonhas do Campo, esculpidos por Aleijadinho, e o grupo inconfidente.

Campanhense, radicado em Belo Horizonte, Rogério Araújo já escreveu dois livros. É um estudioso da história antiga de Minas Gerais e, particularmente, da Inconfidência Mineira.
No momento, está divulgando sua segunda obra.

Parte da receita será destinada à Casa de Apoio Madre Tereza de Calcutá, que tem sua sede na Rua Saturnino de Oliveira, 145, na Campanha/MG. Instituição coordenada por Suzana Rossi Figueiredo Araújo e Norma Suzano Ayres.
Legenda da foto: Vista frontal do adro da Basílica de Bom Jesus do Matozinhos, no município de Congonhas do Campo/MG, onde se encontram os profetas esculpidos por Aleijadinho.

Blog de Campanhense Campeão Mundial de Futsal é referência internacional

Por André Luiz Ferreira


Atílio Dias é um Campanhense de destaque no cenário do futsal mundial. Dirigente esportivo desde a adolescência, iniciou sua carreira no Campanha Esporte Clube, coordenando equipes de vôlei, basquete e futsal. E em pouco tempo já estava liderando equipes do mais alto nível, como o time de Futsal do Atlético Mineiro, com o qual foi Campeão Mundial de Futsal, na competição realizada em Moscou, Rússia; Ainda pelo Galo foi Bi-Campeão da Liga Nacional, Tri-Campeão Estadual, Campeão da Taça Brasil Juvenil de Futsal e Tetra-Campeão Metropolitando de Belo Horizonte. Depois dessas conquistas, sua premiada carreira ainda angariou os mais altos títulos para equipes como Unisul/Penalty, Palmeiras de Goiás e ULBRA.

Atílio também sempre esteve envolvido com comunicação esportiva. Começou com um programa de esportes na saudosa “Rádio Difusora da Campanha”, junto a Rubens Ramos de Oliveira, Pablo Marco e Sylvestre Serrano – que inclusive é hoje um importante repórter da Rede Record de Televisão.

E desde o ano passado lançou o seu Blog, o http://www.atiliodias.com/, que em poucos meses se tornou o principal Blog de Futsal do Brasil e um dos melhores do mundo, na opinião de vários dirigentes dessa modalidade. Em um ano, o Blog atingiu 1 milhão de visitas, e tem recursos avançados como o Radar de Notícias do Futsal, que concentra o mais completo quadro de notícias do esporte, vindas de centenas de jornais, além de entrevistas em áudio, enquetes, área de comentários e participação dos visitantes.

Atílio ainda entrou para a história do Futsal ao realizar pelo Blog a primeira transmissão de TV ao Vivo pela Internet de um debate de Futsal, realizada no último dia 6 de março com a comissão técnica do Corinthians, direto dos estúdios da tradicional Universidade Gama Filho, onde Atílio é professor de gestão esportiva em cursos de pós-graduação.

E com as expressivas visitas a seu Blog, Atílio Dias sempre faz questão de divulgar nossa cidade através de seus artigos, levando o nome de Campanha a todos os cantos do nosso país e exterior, já que 30% das visitas diárias ao Blog proveêm de países como Portugal, Espanha, Itália e Estados Unidos.

É mais um filho ilustre de nossa cidade, cujos títulos e conquistas enchem de orgulho a todos os campanhenses.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Família Arantes - Encontro de Aniversariantes

Pedro Célio Arantes - Brasília-DF


Aconteceu em Belo Horizonte, na tarde e noite do dia 21/03, um encontro de aniversariantes ARANTES familiares de Cirino Ramos Arantes e Nair Conterno Arantes.

O encontro reuniu os 7 filhos vivos, descendentes do casal Cirino e Nair, comemorou o aniversário dos Arantes José Mário, Regina Célia, Hélio César e Gilmara, e contou com a presença de familiares Arantes residentes na Campanha, Belo Horizonte, Pará de Minas e Brasília. Foram momentos de gratificante descontração com músicas ao vivo (violão e vozes), contos de causos, piadas, danças, brindes, churrasco, comidas típicas preparadas sob o comando da Tia Regina, refrigerantes, vinho, cervejinhas, bolo dos aniversariantes, canto de parabéns, muitos aplausos e risos à vontade. Tudo isso filmado para, quando der vontade, cada Arantes, que lá esteve, possa rever o encontro assistindo ao filme sobre este encontro que deixou saudades.

Lá estiveram presentes: José Mário, Marília, Mário César, Paulo Henrique, Pedro Célio, Ariane, Regina Célia, Vicente, Ivan (dono da residência onde o encontro foi realizado), Bárbara, Raul, Igor, Isabela, Cida, Giovanni, Luciana, Cicy, Cíntia, Fabiano, Maria do Carmo, Hélio César, Mateus, Joelma, Luis, Luíza, Davi, Gilmara, Fausto (Deda), Manuela e Laura (30 pessoas). A realização do próximo encontro já é tema em andamento.

É no dia de hoje que temos a oportunidade de registrar o presente para, no futuro, ter histórico do passado.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Comissão de Cultura da Assembléia do Estado vai debater tombamento da Catedral em Campanha


O tombamento da Catedral de Santo Antônio em Campanha pelo patrimônio histórico será assunto de uma audiência pública a ser realizada na cidade.
Um requerimento para esse debate sobre a importância e a viabilidade do tombamento, de autoria do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), foi aprovado na reunião do dia 25 de março, na Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
A Audiência deve ser realizada no dia 16 de Abril, às 10h, na Catedral Diocesana de Santo Antônio, em Campanha.

Outras informações: (31) 2108-7688 ou (31) 2108-7699 na Assessoria da Comissão de Cultura da ALMG.

Márcio Moreira Alves (1936-2009)


Márcio Moreira Alves (Rio de Janeiro, 14 de julho de 1936 - Rio de Janeiro, 3 de abril de 2009foi um jornalista e político brasileiro, filho do ex-prefeito de Petrópolis Márcio Honorato Moreira Alves. Sua família era proprietária do celebrado Hotel Ambassador, no Rio de Janeiro, onde funcionou o Juca's Bar, ponto de encontro de intelectuais e políticos na década de 1960.


Marcito, como era conhecido, participou em 1965 de uma manifestação promovida por intelectuais e estudantes no Rio de Janeiro em frente ao Hotel Glória, onde se reunia o Conselho da Organização dos Estados Americanos, a OEA. Esta entidade vinha servindo praticamente para facilitar o controle dos governos latino-americanos pelo governo norte-americano. Neste dia, estaria presente para a abertura da reunião o marechal Humberto Castello Branco, presidente imposto pelo golpe militar. Houve a manifestação e a polícia política prendeu várias personalidades. Márcio Moreira Alves não havia sido preso, mas logo correu atrás da kombi da polícia e exigiu seguir junto de seus companheiros de protesto e idéias.


É lembrado como o provocador do
AI-5, ao proferir no início de setembro de 1968, como deputado, um discurso no Congresso Nacional em que convocava um boicote às paradas militares de celebração à Semana da Pátriae solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército; em função deste discurso, o Ministro da Justiça à época enviou à Câmara de Deputados pedido de autorização para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado. Assim dizia a Constituição, mesmo com todas as limitações: era preciso obter o consentimento da Câmara de Deputados para processar um membro seu. A crise foi se aguçando e por fim em 11 de dezembro de 1968 os deputados votaram o pedido, recusando-o. Foi um momento emocionante, em que todo o plenário da Câmara, após a conclusão da votação, levantou-se e cantaram todos o hino nacional. Em represália, o governo determinou o fechamento (recesso) da Câmara e os deputados tiveram que se retirar atravessando uma ameaçadora e humilhante fileira de soldados. Márcio Moreira Alves estava obviamente "jurado de morte" e teve que rapidamente exilar-se.

Carreira política
Márcio Moreira Alves era jornalista e foi eleito
deputado federal pelo antigo Estado da Guanabara, pelo MDB. Inicialmente apoiou o movimento militar de 1964, porém, ao acontecer o AI-1, ele tornou-se opositor do regime.

Carreira como jornalista
Márcio teve seu primeiro emprego aos 17 anos, no
Correio da Manhã. Por esse jornal foi correspondente de guerra durante a Guerra de Suez, entre Inglaterra e Egito, que resultou na nacionalização do Canal de Suez. Ultimamente, era colunista no jornal O Globo.

O corpo do jornalista e ex-deputado federal Marcio Moreira Alves foi cremado, no Cemitério do Caju, por volta das 15h de sábado (4/04).

O velório aconteceu durante a manhã na sede da Alerj, a Assembleia Legislativa do Rio, no Centro da cidade, com a presença de dezenas de parentes, amigos e políticos.

Antes que o corpo deixasse o palácio, Frei Betto prestou uma homenagem emocionada ao amigo.

O governo do Rio decretou três dias de luto oficial em respeito à morte de Moreira Alves. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também anunciou luto no município a partir de segunda-feira (6/04).


Familiares e amigos chegam ao local para prestar homenagem a Moreira Alves, que morreu, aos 72 anos, no fim da tarde de sexta-feira (3), no Hospital Samaritano, de falência múltipla de órgãos.

O precursor nos estudos sobre jornalismo em Minas é um Campanhense

Por Jairo Faria Mendes

José Pedro Xavier da Veiga foi um dos grandes intelectuais mineiros do século 19, um jornalista de destaque, um importante historiador e político. Além disso, foi o precursor nos estudos sobre jornalismo nas Minas Gerais. Sua monografia A imprensa de Minas Gerais 1807-1897 (In: Revista do Arquivo Público Mineiro, Ano III, 1898. pp. 169-249) foi o primeiro trabalho sobre jornalismo produzido no estado. Ele era de uma família de grande tradição na política, na imprensa e na cultura. Um exemplo disso foi seu tio Evaristo da Veiga, o redator da Aurora Fluminense, que contribui bastante para a abdicação de D. Pedro I.

Seu avô, Francisco Luís Saturnino da Veiga, veio de Portugal em 1784, com 13 anos, e foi morar no Rio de Janeiro. Lá, ainda moço, lecionou Latim, Aritmética e Gramática. Mas em pouco tempo mudou de ofício, tornando-se livreiro, o que contribuiu muito para que seus descendentes ganhassem amor pelos livros.

Entre os filhos de Saturnino da Veiga estavam figuras brilhantes. Evaristo, grande jornalista e político, eleito três vezes deputado pelas Minas Gerais. Bernardo, por duas vezes exerceu a presidência da província das Minas, e foi representante na Câmara dos Deputados do Império entre 1843 e 1844, e deputado provincial. Lourenço, o pai de José Pedro Xavier da Veiga, criou jornais e foi defensor da fundação de uma nova província no sul das Minas.

Os parentes de José Pedro Xavier da Veiga criaram diversas publicações, na cidade de Campanha, nas Minas Gerais: Opinião Campanhense (1832 a 1837), Nova Província (defendendo a criação da província no Sul das Minas, 1854 e 1855), O Sul de Minas (1859 1863), O Monitor Sul Mineiro e almanaques (1872 a 1898). Mas o maior destaque foi Evaristo da Veiga, com a Aurora Fluminense, no Rio de Janeiro, uma referência do jornalismo brasileiro no século 19.

Jornalista aos 12
No dia 13 de abril de 1846, nasceu José Pedro Xavier da Veiga, em Campanha, nas Minas Gerais. Edilane Maria de Almeida Carneiro e Marta Eloísa Melgaço Neves descrevem bem a história dele na introdução da obra prima de Xavier da Veiga, Efemérides mineiras, reeditada em 1998, pela Fundação João Pinheiro.

Até os 10 anos, ele não freqüentou a escola, por ter saúde muito frágil. Mas seu pai o alfabetizou, e o convívio com a família culta, que participava muito da vida política, o incentivou a tornar-se intelectual e militante.

Aos 11 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, trabalhando por cinco anos na livraria de seu tio João Pedro. Com 12 anos, apesar da pouca idade, participou da fundação da Sociedade de Ensaios Literários, e na revista da entidade publicaria seus primeiros textos. Na primeira edição da revista, em 1863, ele trazia o artigo "Estrela do Sul (Província de Minas)", defendendo a bandeira de sua família, ou seja, a criação de uma nova província no sul das Minas.

Um artigo publicado no oficial Minas Gerais, em 10 de agosto de 1900, considera que nesse momento surge o grande jornalista:
"Pode-se dizer que Xavier da Veiga iniciou sua vida de imprensa aos 12 anos, pois foi justamente nessa quadra, em que as crianças apreciam mais os folguedos e a convivência com seus amigos, que ele, recolhido ao seu quarto, sozinho, lançava no papel as premissas de seu fulgurante talento."

Em 1867, Xavier da Veiga foi para São Paulo cursar a Faculdade de Direito. Lá teve a oportunidade de conviver com pessoas que influenciariam a história das Minas e do Brasil, como Silviano Brandão, Afonso Pena, Feliciano Pena e Crispim Jacques Bias Fortes. No entanto, por problemas pulmonares, teve que retornar a Campanha antes de terminar o curso.
"Perseguições revoltantes"

De 1870 a 1878, foi escrivão dos Órfãos, em Lavras, onde estabeleceu um cartório e passou a militar no Partido Conservador. Ele seria uma das lideranças conservadoras da província (depois estado), elegendo-se em vários pleitos como deputado estadual e uma vez senador, e se destacaria defendendo questões nobres como a educação pública e a abolição da escravatura. Em seu principal livro, Efemérides Mineiras, refere-se à Lei Áurea:
"(...) lei grandiosa e santa, complemento indispensável das de 28 de setembro (a de 1871, lei Rio Branco, e a 1885), foi a redenção abençoada para cerca de 230.000 infelizes em Minas Gerais e para quase 800.000 no Brasil." (Xavier da Veiga, 1897)

Xavier da Veiga dedicou boa parte de sua carreira política à defesa da educação pública. Em 1872, quando ainda era escrivão em Lavras, fundou a Sociedade Propagadora da Instrução. "Pautando-se sempre pela defesa da instrução pública e ampliando seu enfoque para além das propostas de ensino primário, propôs em anos posteriores a criação de cadeiras noturnas e de escolas de ensino profissional e agrícola." (Introdução de Carneiro e Neves, in Veiga, 1998, p. 23). Sua última luta política foi contra a mudança da capital das Minas, de Ouro Preto. Quando foi administrar o Arquivo Público Mineiro, largou a vida política.

Em 1878, Xavier da Veiga mudou-se para Ouro Preto e comprou, com Pedro Maria da Silva Brandão, uma tipografia. No ano seguinte os sócios lançavam o jornal A Província de Minas, que se apresentava como órgão do Partido Conservador. No primeiro número a publicação explicava que tinha como objetivo defender os conservadores de "injustiças cruéis" e "perseguições revoltantes". O jornal circulou até novembro de 1889, quando ocorreu a proclamação da República.

Mineiro importante
A partir de 27 de novembro de 1889, Xavier da Veiga passou a publicar o jornal A Ordem, "inaugurando um novo propósito: demonstrar a necessidade de que o novo regime republicano fosse aceito pacificamente em Minas Gerais" (Introdução de Carneiro e Neves, in Veiga, 1998, p. 20). A publicação circulou até 31 de dezembro de 1892.

Xavier da Veiga era um apaixonado monarquista, mas foi defensor da Republica depois que esta foi instituída. Pode parecer um paradoxo, mas ele justificava sua atitude dizendo preferir a República do que ver a ordem ameaçada. "(...) acabo de declarar franca e lealmente que a monarquia, não obstante os grandes serviços que dela recebeu o Brasil, é um fato do passado, que a sua restauração seria uma calamidade pública" (Veiga apud Lima, 1911, p.60).

Uma grande contribuição de Xavier da Veiga foi criação da Revista do Arquivo Público Mineiro, em 1896. Um ano antes ele havia abandonado sua cadeira de senador para fundar o Arquivo Publico Mineiro. O órgão seguia os princípios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), e tinha como objetivo reunir fontes primárias importantes para a história e geografia das Minas Gerais.

No decreto de criação do Arquivo Público Mineiro estava prevista a criação de uma revista, o que foi feito por Xavier da Veiga. O primeiro número, de 1896, organizado em quatro fascículos, publicou muitas fontes primárias. E, na revista, saíram ensaios de grande importância para a historiografia mineira. O próprio Xavier da Veiga escreveu importantes textos, como "A imprensa em Minas Gerais (1807-1897)", que inaugurou os estudos jornalísticos no estado, e "Minas Gerais e Rio de Janeiro (Questão de Limites)", que ajudou na negociação sobre a fronteira entre os dois estados. Ele trabalhou no APM até morrer e foi responsável pelos cinco primeiros números da revista, que depois ficaria a cargo do também importante jornalista, político e historiador Augusto de Lima.

Era norma para todos que entravam na Academia Mineira de Letras fazerem a biografia de algum mineiro importante. Augusto de Lima escolheu Xavier da Veiga, por quem demonstrou grande admiração.

"Proeza extraordinária"
A monografia de Xavier da Veiga, publicada na Revista do Arquivo Publico, nº 3, de 1898, com o título "A imprensa em Minas Gerais (1807-1897)", faz nascer os estudos sobre jornalismo no estado. Com 80 páginas, o texto faz um relato do primeiro século da imprensa nas Minas, e traz um inventário com as publicações que surgiram nestes 100 anos.

O estudo, até hoje, é utilizado por historiadores e pesquisadores do jornalismo. Ninguém conseguiu superar Xavier da Veiga, sua monografia continua a principal referência sobre a história da imprensa mineira. Surgiram registros e análises de fatos isolados, de jornalistas ou da história do jornalismo em cidades das Minas; mas faltam publicações que tenham um olhar "macro" sobre a memória da imprensa no estado.

Xavier da Veiga começa fazendo um rápido histórico, que passa pelo invento de Gutenberg; a oficina de Antônio Isidoro da Fonseca, no Rio de Janeiro, fechada em 1747; e os primeiros jornais brasileiros. No entanto, gasta apenas cinco páginas para essa introdução, e entra no que lhe interessava, a memória da imprensa nas Minas.

Ele descreve com detalhes a primeira impressão feita nas Minas, em 1807, pelo padre José Joaquim Viegas de Menezes. O poeta e cronista Diogo Pereira Vasconcelos escreveu um canto panegírico (um poema) homenageando o governador da capitania, Pedro Maria Xavier de Atayde. Apesar das atividades gráficas serem proibidas na colônia, o governador quis ver o texto impresso, e procurou o padre Viegas, o único que poderia atender a seu desejo.

Depois de três meses de trabalho, o padre imprimiu um poema, utilizando uma técnica chamada calcografia, que consiste no uso de chapas fixas de bronze. Esse é um dos grandes momentos da imprensa brasileira. Ele é descrito por Sodré (1999) como "proeza extraordinária para a colônia" (p. 34).

Um erro repetido
Na monografia também é feita rápida biografia do herói da imprensa mineira, o padre Viegas. Ele, além da impressão calcográfica de 1807, foi responsável pela primeira tipografia construída no país (trabalho iniciado em 1820). A monografia descreve bem isso.

O português Manoel José Barbosa Pimenta e Sal, residente em Vila Rica (que mais tarde viraria Ouro Preto), costumava folhear o "Diccionario de Sciencias e Artes", em francês [provavelmente o Dictionnaire des Sciences, des Arts et de Métiers (1751-1777), de Diderot], dando atenção ao trecho que descrevia uma tipografia. Um acaso feliz aproximou o português do padre Viegas, que traduziu a parte referente à tipografia, e explicou como ela funcionava. Depois, os dois resolveram juntos fundir os tipos e construir um prelo. Nessa tipografia seriam impressos muitos jornais. Ela, certamente, foi decisiva no nascimento e na evolução do jornalismo nas Minas.
A monografia ignora um fato importante da biografia do padre Viegas. Foi ele também o diretor do primeiro jornal do Estado, o Compilador Mineiro.

Para falar do padre, é fácil identificar (embora não citado na monografia) que ele utilizou como principal fonte um trabalho biográfico publicado no Correio Official de Minas, de 10 a 13 de janeiro de 1859. Esse texto, apesar de bem anterior ao de Xavier da Veiga, não pode ser classificado como um estudo sobre a imprensa: é uma biografia, escrita no estilo do jornalismo da época, rebuscada e com tom apologista, mas bem redigida.

No entanto, Xavier da Veiga comete um erro, que muitos anos depois seria repetido por Nelson Werneck Sodré, em História da imprensa no Brasil. Ele diz que o primeiro jornal das Minas foi a Abelha do Itaculumy, criado em 1824. No entanto, a primazia é do Compilador Mineiro, fundado um ano antes.

Inventário da imprensa
Ao citar os primeiros jornais da província, Abelha do Itaculumy (1824), o Compilador Mineiro (de 1823, que a monografia diz ser de 1824, e sobre o qual o autor mostra ter muitas dúvidas a respeito do local da impressão e de quem o dirigia), ganha destaque o Universal. É fácil entender a ênfase dada ao Universal, o primeiro jornal com expressão na província. Foi criado pelo polêmico político Bernardo Vasconcelos, que o dirigiu até 1833. Depois o jornal mudou radicalmente de posição política, e, em 1842, tomou uma das decisões mais ousadas da história de nossa imprensa. Seu diretor, José Pedro Dias de Carvalho, derreteu os tipos do jornal para fabricar balas para a revolução liberal que estourava na província.

Em seguida, vêm a descrição das primeiras localidades mineiras com jornais. Como ele mostra, os jornais começaram em Ouro Preto, em 1823. A segunda localidade foi São João Del Rei, que em 20 de novembro de 1827 ganhou o Astro de Minas, considerado "brilhante" por Xavier da Veiga. Depois, o Arraial do Tijuco (hoje cidade de Diamantina) ganhou o Echo do Serro, em 1828.
Em 1830, três localidades passaram a ter jornais: Mariana (Estrella Mariannense), Serro (Sentinela do Serro, de Teófilo Otoni, seguindo a linha editorial da Sentinela da Liberdade, de Cipriano Barata) e Pouso Alegre (Pregoeiro Constitucional). Outros locais que ganharam publicação: Itambé do Serro (7º lugar), Campanha (8º lugar), Sabará (9º lugar) e Caeté (10º lugar).

A parte mais importante do trabalho de Xavier da Veiga vem depois, o inventário da imprensa nos seus primeiros 100 anos. Em 34 páginas, ele lista as centenas de publicações criadas nas Minas, no período, em 87 localidades.

A grande obra
Pelo inventário, é clara a grande importância de Ouro Preto neste primeiro século de jornalismo. São listados 163 periódicos na cidade. Outros municípios com bom número de publicações: São João Del Rei (41), Diamantina (45), Campanha (33), Juiz de Fora (55) e Uberaba (57). Belo Horizonte, recém-inaugurada (em 12 de dezembro de 1897), já tinha cinco periódicos listados por Xavier da Veiga.

O inventário mostra que nas Minas algumas regiões povoadas tardiamente estavam tendo uma imprensa muito forte, refletindo as grandes mudanças na região. Com a decadência da exploração do ouro e diamantes, gradativamente, localidades que cresceram com a mineração (Ouro Preto, São João Del Rei, Sabará, Mariana, Diamantina etc.) foram perdendo importância, e outras ganharam grande impulso (principalmente na Zona da Mata e no Sul das Minas).
No fim da monografia, Xavier da Veiga faz um relato da imprensa nas Minas em 1897. Segundo ele, dos 123 municípios que o estado tinha na época, 69 tinham periódicos. Ouro Preto continuava com posição de destaque – seis publicações, duas delas de grande importância: o jornal oficial Minas Gerais e a Revista do Arquivo Público Mineiro. O Minas Gerais se destaca por ser a única publicação importante, do século 19, que sobrevive até os dias de hoje. Belo Horizonte, que acabava de ser inaugurada (com o nome de Cidade de Minas), contava com quatro publicações: A Capital, O Bello Horizonte (o primeiro jornal da cidade), Tiradentes e O Bohemio.

A extensa Efemérides mineiras é a grande obra de Xavier da Veiga. Ele gastou quase 18 anos de trabalho árduo para produzi-la. Em 1897, lançou-a pela Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, em quatro volumes. A Fundação João Pinheiro lançou em 1998 uma reedição da obra, com dois volumes, que juntos têm 1.115 páginas. No livro, Xavier da Veiga faz uma cronologia detalhada da história mineira, mas um pouco confusa pela forma com que o autor organiza as informações.

As Efemeridades foram financiadas pelo governo de Minas Gerais. Já nos termos da lei de criação do Arquivo Público Mineiro, estava prevista a produção de "efemérides sociais e políticas". O APM seguia a linha do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que promoveu a publicação de edições históricas.

Lima conta que uma vez alguém procurou Xavier da Veiga querendo informações para escrever sua biografia. A reação de Xavier da Veiga foi entregar os volumes das Efemérides mineiras. "(...) como quem disse: Eis-me nesse monumento pátrio." (Lima, 1991, p. 39).

Fonte: Observatório da Imprensa – O Precursor dos Estudos do Jornalismo em Minas – Autor do Texto: Jairo Faria Mendes em 3/8/2004

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Leia os Jornais editados em Campanha MG entre 1859 a 1895

Entre os Periódicos digitalizados pelo Arquivo Público Mineiro (Governo de Minas), estão alguns dos jornais editados na Cidade da Campanha, como o "Monitor Sul Mineiro", o "Ensaio Juvenil", "A Conjuração", "A Revolução", "Colombo" e o "Sul de Minas".

Deleite-se clicando abaixo:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/jornais/search.php?query=&andor=AND&title=&tipo_nome=1&text_nome=A&titulo=0&num_edicao=&dtini1=&dtini2=&tipo_nome_local=1&text_nome_local=c&local_edicao=12&filme=&ordenar=10&asc_desc=10&submit=Executar+pesquisa&action=results&id_REQUEST=04f8f9088c685018683a18c2dcc72c0b