segunda-feira, 27 de abril de 2009

Cruzeiro põe o Atlético-MG na roda, goleia sem dó e coloca a mão na taça

Supremacia, hegemonia, freguesia... chame do que quiser. O fato é que o Cruzeiro não perde para o Atlético-MG há 11 jogos. Neste domingo (26/04), no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, o time de Adilson Batista venceu por 5 a 0 e conseguiu inverter a vantagem para a partida decisiva, no domingo que vem. Com o resultado, a Raposa pode até perder por quatro gols de diferença que fica com o título. Ao Galo, resta devolver o saldo do primeiro embate.

Foi o jogo de número 1.500 do Cruzeiro no Mineirão. O time não perde no estádio da capital mineira há 21 partidas. No próximo domingo, às 16h (de Brasília), os rivais voltam a medir forças. Só um vai sorrir. Antes, porém, o Atlético vai a Salvador para enfrentar o Vitória, quarta-feira, no primeiro jogo das oitavas-de-final da Copa do Brasil.

Veja a tabela do Campeonato Mineiro

Washington Alves/GLOBOESPORTE.COM
Tardelli é cercado pela marcação celeste

Os primeiros cinco minutos da decisão mineira foram de muita velocidade. Com o meia Lopes improvisado no ataque alvinegro, Diego Tardelli ficou com a missão de se deslocar pelas pontas. Papel muito parecido com o de Thiago Ribeiro do outro lado. A pedido do técnico Adilson Batista, ele se dividiu pelos flancos do campo para tentar surpreender. Aos nove, o primeiro lance de perigo do Cruzeiro. Wagner cobrou falta do lado esquerdo do ataque, o zagueiro Leonardo Silva subiu bem para cabecear, mas Juninho defendeu com segurança.

Aos 11, a dupla de ataque celeste trabalhou bem. Thiago Ribeiro achou Kléber livre de marcação na área, o Gladiador bateu firme, e Juninho fez uma defesa estranha, que originou um escanteio. Aos 14, Tardelli recebeu de Júnior na ponta direita, tocou de primeira para Carlos Alberto na área, mas o volante chutou mal. O rebote de uma cobrança de falta quase resultou em gol para o Cruzeiro, três minutos depois. Após a cobrança de Fabrício parar na barreira, Wagner achou Leonardo Silva na área. O zagueiro bateu cruzado, Juninho defendeu, e Leandro Almeida afastou o perigo. A arbitragem marcava impedimento dos cruzeirenses que esperavam a sobra.

A resposta atleticana foi dada aos 24 minutos. O lateral-esquerdo Júnior bateu cruzado e rasteiro da entrada da área, a bola passou por todo mundo e quase surpreendeu Fábio. A partir deste lance, o jogo ficou concentrado no meio-campo, e os dois times abusaram dos erros de passe. Aos 33, o Galo não conseguiu aproveitar um ótimo contra-ataque e quase sofreu o primeiro gol. Ramires ficou de frente para a meta, mas bateu fraquinho no canto esquerdo de Juninho. O goleiro atleticano não teve trabalho para defender.

Cinco minutos mais tarde, após cobrança de falta para área do adversário, Leandro Almeida subiu muito, mas a cabeçada desviou na zaga e foi pela linha de fundo. Na saída rápida do Cruzeiro, aos 39, um duro golpe para o Galo. Wagner recebeu na área, rolou de calcanhar para Kléber, e o Gladiador não desperdiçou. De pé esquerdo, chute colocado, e placar aberto no Mineirão: 1 a 0. O 12º dele no Estadual. Na comemoração, o atacane imitou uma galinha e fez um gesto de choro na frente da torcida atleticana. O árbitro Paulo César de Oliveira puniu o jogador com cartão amarelo. Em um primeiro tempo onde a forte marcação prevaleceu, Kléber conseguiu se dar melhor no duelo com Tardelli. O Cruzeiro buscou mais o gol.

Quem está perdendo?
Washington Alves/GLOBOESPORTE.COM

Vibração no Cruzeiro pela goleada
Os dois times voltaram do intervalo com mudanças no ataque. Leão tirou Márcio Araújo e colocou Kléber. Na Raposa, Adilson sacou Thiago Ribeiro e lançou Soares.

Apesar da vantagem no placar, o time celeste foi com tudo para o ataque. Aos seis, Juninho evitou o segundo gol do Cruzeiro. Após cobrança de escanteio, Léo Fortunato subiu muito, cabeceou no cantinho, mas o camisa 1 fez gande defesa. Depois desta, foram mais quatro chances de gol. A persistência valeu a pena. Aos dez, Wagner cobrou escanteio, Juninho saiu mal do gol, e Leonardo Silva fez o segundo: 2 a 0.

Seis minutos depois, mais um gol em jogada de bola parada. Wagner cobrou escanteio, Leonardo Silva, em tarde inspirada, subiu muito para fazer o terceiro do Cruzeiro. Nas arquibancadas, os cruzeirenses gritavam 'é campeão!' e 'olé', enquanto muitos atleticanos deixavam o Mineirão.

Aos 18, a situação do Galo ficou ainda pior. Renan fez falta dura sobre Ramires, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Um homem a menos para tentar diminuir o desastre.

Os gols deixaram o Atlético na lona e sem forças para reagir. O Cruzeiro ainda criou boas chances. A melhor delas surgiu de uma triangulação entre Ramires, Soares e Jonathan. O lateral-direito ficou na cara do gol e fez o quarto. Virou goleada. Título pertinho da Toca da Raposa.

Aos 38, Ramires sofreu falta de Leandro Almeida e revidou. O jogador do Galo recebeu o segundo amarelo e foi para a rua. O volante foi expulso direto. Dois minutos depois, o Galo quase fez o de honra. Kléber recebeu na área, bateu firme, mas Fábio defendeu. No lance seguinte, Jonathan ficou livre na área para fazer o quinto. Um baile celeste!

Ficha técnica:
CRUZEIRO 5 x 0 ATLÉTICO

Fábio; Jonathan, Léo Fortunato, Leonardo Silva e Gérson Magrão; Fabrício (Henrique), Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner; Kléber (Wellington Paulista) e Thiago Ribeiro (Soares).
Técnico: Adilson Batista

Juninho; Werley (Marcos Rocha), Marcos, Leandro Almeida e Júnior; Renan, Carlos Alberto, Márcio Araújo (Kléber) e Rafael Miranda; Lopes (Chiquinho) e Diego Tardelli.
Técnico: Emerson Leão

Gols: Kléber, aos 39 do primeiro tempo. Leonardo Silva, aos dez e aos 16, Jonathan, aos 33 e aos 41 do segundo tempo.

Cartões amarelos: Gerson Magrão, Leonardo Silva, Kléber e Wellington Paulista (Cruzeiro); Werley, Renan e Leandro Almeida (Atlético-MG) Cartão vermelho: Ramires (Cruzeiro); Renan e Leandro Almeida (Atlético-MG).

Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 26/04/2009. Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa/SP). Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/SP) e Maria Eliza Barbosa (Fifa/SP).

Um comentário:

  1. pra mim serve de consolo. o Vasco é freguês do Flamengo, mas pelo menos não é de goleadas...

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